Marie, francesa, 25 anos. Yassir, marroquino, 24. Conheceram-se como estudantes, em Dijon há quatro anos atrás. Em 2006 o governo francês decidiu não dar-lhe a renovação de visto. Resolveram então casar e apesar dele ter uma boa proposta de emprego na França, resolveu voltar para o Marrocos para reingressar no país da melhor forma possível, "realizar todos os trâmites de forma correta" em seu país, e assim "desfrutar das melhores chances de aprovação", segundo ele.Desde então Yassir só encontra Marie pela webcam.
Segundo o site Terra, "O caso de Yassir e Marie está longe de ser único. Para muitos casais formados por pessoas de nacionalidades diferentes, o casamento se tornou como que uma operação de combate, realidade que conduziu à criação, em Montpellier em junho de 2007, de uma organização "dos amorosos amordaçados". O movimento se expandiu rapidamente, e em um ano já tem unidades instaladas em mais de 20 cidades, e reúne 2 mil casais de todas as origens sociais e geográficas. Os participantes estão sujeitos a leis cada vez mais severas e a práticas administrativas kafkianas, em nome da luta contra os casamentos de fachada e pelo controle da imigração de familiares. Na quarta-feira, os casais envolvidos no momento lançaram uma campanha para influenciar a opinião pública, com uma plataforma inicial de 10 reivindicações, com o objetivo de fazer com que seja respeitado o seu direito de viver como preferirem."
Como diz uma marroquina casada com um francês e que vive o mesmo problema, "Que delito cometemos? O de nos apaixonar?".
Liberdade, Igualdade e Fraternidade?
Parece que tem uns que são mais livres e iguais do que outros... Viva o Estado Francês!
Felipe Muanis
Diretor de arte e ilustrador
Um comentário:
Ahh, muito bom. E o titulo dá mesmo essa sensação de reminiscência..Tipo, depois de ler tudo quis ver se era 'significado' ou 'lembrança' a palavra que colocou no titulo. Deve ser assim que o casal se sente, com uma lembrança constante e irreal.
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